segunda-feira, 28 de abril de 2014

SYPost 02 - Revisão do show em Pittsburg, Pensilvânia

Este trata do volume 2 da série Room Noises. O show em questão aconteceu pela turnê Currents & Merriment, no dia 10 de abril. É uma boa contraposição ao review do SYPost passado, oferecendo um panorama com vários pontos quase se opõem àquele relato. 

Válido lembrar que esse artigo é uma opinião particular, e tantos outros que prestigiaram os shows tiveram pensamentos diversos.

Você pode ler o texto original clicando aqui.

Eisley ao vivo em Smiling Moose (Pittsburg, Pensilvânia). Aparentemente, o show deve ter sido muito bom, apesar o áudio imperfeito da gravação.

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Room Noises Vol 2 - 10 de abril, 2014
Postado no sábado, 12 de abril de 2014




Primeiro, deixe-me dizer: que show divertido! Eu estava, na verdade, agradavelmente surpresa. Este local não é o meu favorito; é bem pequeno, mais ou menos do tamanho de um sótão, e bastante abafado. Eles já tocaram aqui, talvez na última turnê? Eles estavam bem, mas não foi a minha experiência favorita, então eu não estou certa sobre o que esperar. Apesar do local, Eisley esta noite estava excelente!

Eu estava preocupada depois de ler outros relatos, mas o som, a meu ver, estava excelente! Nada estava exagerado, estava tudo claro. Pode ter ocorrido um ou dois problemas com equipamento ou com início de canção, mas de verdade, nada de que eu me lembre especificamente, então isso não impediu meu prazer. Eu amei a nova iluminação. Muitas bandas têm luzes de fundo, mas a maioria é mais para distração (ou proporcionar cegueira!) do que para melhorar a apresentação. Não as de Eisley. Eles iluminaram o palco e a plateia, mas não cegaram o público, por isso foi muito bom. Outra coisa intrigante sobre a produção é que havia ao menos quatro pessoas filmando profissionalmente, e eu não estou certa sobre se eles estavam tentando fazer um DVD oficial do show ou se era um grupo local de filmagens.

Normalmente os públicos de Pittsburgh são calmos e quietos, mas de “Invasion” em diante foi mais um canto em coro do que outra coisa. As pessoas conheciam as músicas, especialmente dos primeiros cds até o The Valley, mas até mesmo nas novas canções a participação da plateia foi constante, com um canto afinado dos fãs dando ao show um inesperado charme comunitário. 

Embora muitos não se importem com brincadeiras ou piadas, eu amo quando bandas mostram sua personalidade, e a porta-voz de fato de Eisley, Sherri, estava encantadora, como de costume. Eles mencionaram muitas vezes que eles estavam doentes e perdendo suas vozes, mas eles fizeram piadas sobre isso e honestamente, isso não era evidente exceto quando eles falavam.

Durante um intervalo, eles estavam falando sobre seus filhos e elogiando Christie por cuidar deles durante sua apresentação. Eles brincaram sobre o quanto os bebês choram cada noite (fazendo de tudo para imitarem as expressões faciais dos seus pequenos gritando), quando eles têm que os deixar para tocarem, como se nunca fossem voltar, ainda que sempre voltassem. Bem, de uma maneira esperta, este foi o modo como eles introduziram “Wicked Child”.

Algo sobre a atmosfera inspirou uma sinceridade. Em outro momento Sherri sequer mencionaria um velho tumblr chamado “Segredos de Eisley”. Eu não estava muito familiarizado com ele, mas tive a impressão de que não era muito lisonjeiro. Eles pareciam se abrir, como se eles estivessem mais desinibidos, que era normal serem humanos quando tocavam, sendo cativantes com a multidão.

No meio do show, Sherri foi atrás de água. No que podemos presumir, foi um esforço para preservar sua voz para cantar, e ela trouxe sua necessidade de hidratação para o microfone. Weston lhe passou uma garrafa de água para que ela pudesse ter mais. Bem, estava muito quente ali dentro, ela decidiu compartilhar isso com o público! Depois de pegar sua parte, ela passou a garrafa para a plateia e algumas pessoas puderam ter água. Ela pediu para que as pessoas compartilhassem com aqueles no fundo, e nós o fizemos!

Mesmo que eu tivesse alguns percalços para poder conferir esse show (local, trabalho à noite, ir sozinha), eu estou bastante contente de ter ido. Foi muito prazeroso e me lembrou do por que eu os considero como minha banda favorita.

Escrito por Mystic
Editado por Wil

Traduzido e Adaptado por Bruno Duarte


segunda-feira, 21 de abril de 2014

SYPost 01 - Revisão do show de abertura por um fã músico

Este primeiro SYPost - para quem perdeu o post passado, é uma seção em que republicaremos em português artigos do Strange Yellow Patterns - trata do volume 1 da série Room Noises. Nesse artigo, temos uma ideia do que foi o show de abertura da turnê do Currents, no dia 01 de abril, no Exit/In, através da visão de um fã bastante fiel, conhecido no fórum oficial como The Man in The Moon.

Válido lembrar que esse artigo é uma opinião particular, e tantos outros que prestigiaram os shows tiveram pensamentos diversos.

Você pode ler o texto original clicando aqui.

Eisley na noite de abertura no Exit/In. Fonte: via Facebook
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Room Noises Vol 1 - 01 de abril, 2014
Postado na terça feira, 03 de abril de 2014 


Room Noises é uma série de histórias sobre como é assistir Eisley ao vivo, cortesia de nossos correspondentes e colaboradores. 

Para lançar esse especial, este autor (Wil) não será o único a escutá-los. Em vez disso, eu irei dar uma de “Produtor” e dar a vocês uma versão de estúdio polida daquela relatada na sala (também conhecida como local do concerto) tal como vivida pelos participantes. 

Nosso primeiro relato vem do The Man In The Moon, também conhecido como Michael, que estava lá para a abertura da turnê de Eisley & Merriment no Exit/In na terça-feira. Ele estava muito adiantado com sua visão sobre as coisas, especialmente tendo em conta que ele próprio trabalha numa casa de show, e é um músico e faz gravações regularmente. Essas coisas influenciam suas perspectivas como ouvinte. Isso transforma momentos de brilho em revelações, e momentos de frustação, em aberrações. O mesmo pode ser dito sobre ir ao concerto sabendo que você é esperado para escrever um review. Eu pessoalmente não gosto disso. Destrói a diversão de simplesmente experienciar, no momento, o show como fã. Ao invés de ser forçado a contar as coisas como elas aconteceram, é muito mais divertido deixar que qualquer um forneça sua própria perspectiva e então moldá-la. Então, sem mais delongas, aqui está a visão do show do The Man in the Moon, pelo caminho de sua verdade: 

Se a terceira vez é o charme, talvez a quinta é como uma ferida no polegar? Esse deve ser o caso apenas porque ele veio no show do Dia da Mentira, no Exit/In, na terça passada. O som do local pode acertar ou errar, e essa vez, assim como quando Eisley tocou ali abrindo o show do Rooney há alguns anos atrás, o som foi inicialmente lamacento, com a bateria muito destacada, a ponto de ser esmagadora. Considerando que esse foi o primeiro show da turnê, você pode sempre esperar que lá tenham alguns nós ainda a serem trabalhados, e em cerca de ¼ do conjunto eles conseguiram suas mixagens e equalizações balanceadas. Assim que o som foi medido, eles soaram impecáveis. 

A setlist por si mesma foi ok, mas definitivamente deixou a desejar alguma coisa para o meu gosto. Essa foi a performance mais fraca dos 5 shows que assisti. Eles omitiram algumas das suas maiores aventuras e “experimentações” que eu teria realmente gostado de ouvir ao vivo. Modificar músicas como Lost Enemies ou outras que parecem exercícios no uso de estúdio/processo de gravação como um instrumento pode ser tedioso. Como gravo minha própria música e obtenho o mais ambicioso que eu posso, eu consigo entender porquê Eisley gravaria esses tipos de músicas e as manteriam fora do setlist. 

Para qualquer um que já esteve num show de Eisley, o que estou a ponto de dizer provavelmente não virá a ser uma surpresa. Com todo o Green and Gold é alguma surpresa que os Gremlins sempre apareçam em seus shows? Bem, eles apareceram de novo, e claro que seria no meio de uma música que é de verdade uma das suas faixas experimentais (para os padrões de Eisley), Save My Soul. A música começa em acapella, com Stacy providenciando a melodia principal em forma de backing vocal, enquanto Sherri canta os versos acima deles. Isso totalmente as expõe como cantoras, já que ter uma banda/música de fundo cobre tantas imperfeições numa performance. Por outro lado, apenas com suas vozes, isto também permite que as cantoras se ajudem no vôo com menos correções. Está tudo bem e legal até que a banda entra, porque quando a banda entra, é aberta a estação para os Gremlins. 

Não está claro o que os Gremlins fazem de verdade, mas ou a música que estava fora de tom, Sherri se perdia nas letras, ou sua guitarra saía do tom, ou alguma combinação desses fatores, ou outro que escapou de observação, mas ela parou no meio do caminho do primeiro verso. Ela disse que não tinha certeza do que estava acontecendo, mas a banda entendeu e acabou voltando para o início da música, o que é importante, tendo em conta que Save My Soul em particular lhes possibilita um dos seus melhores momentos, coletivamente, como vocalistas. Essa ruptura abre a música como o olho tranquilo de um estrondoso furacão, onde o tumulto e o transtorno que garimpa por tudo em seu caminho é revelado para ser envolvido em torno da bela harmonia dos vários elementos em campo no concerto. 

Essa questão com Save My Soul é emblemática por uma questão particular de produção, que tem sido a questão para Eisley ao vivo. Eu entendo que eles precisam tocar em um tempo (a batida do metrônomo) por causa das faixas (ornamentos instrumentais pré-gravados), mas eu acho que eles estarão melhores quando eles não tocarem seguindo o clique nunca mais. Estou apenas dizendo isso porque eu notei que a forma como eles tocaram e cantaram ao vivo pareceu estranhamente sincopada. Eu acho que isso pode ser devido ao ouvir o clique e tentar segui-lo. Metrônomos são imperdoáveis, eles não fazem ajuste; é apenas uma batida regulada, inabalável em velocidade. A liberdade de tocar sem um marcador de tempo é como a liberdade que Stacy e Sherri tiveram ao cantar em acapella, de tal modo que a banda inteira pode ajustar suas variâncias em velocidade e ritmo para cobrir um ao outro. Tocar com um metrônomo torna isso impossível, todo mundo tem que aderir a esses tiques, o que é muito difícil de ignorar enquanto se tenta ouvir seus companheiros tocando sua parte. O clique é como uma bomba relógio em seu ouvido em contagem regressiva até o ponto em que você estiver fora do ritmo e oficialmente destruindo a música ou tendo seu próprio ritmo. 

{BLOOP} 

Alguns destaques do seu set foram Blue Fish, Millstone, Oxygen Mask (eu tinha esquecido o quão “rock” essa música soa ao vivo), Deep Space, Shelter, If You're Wondering, Wicked Child, Ambulance, and Laugh It Off. Meu amigo e eu ficamos surpresos que eles tocaram Please e Brightly Wound, o que foi uma ótima adição. Nós também ficamos um pouco surpresos que Memories, I Could Be There For You, Golly Sandra, Smarter, The Valley, Better Love, e I Wish não fizeram parte do set list desta vez. Como consolo, Mr. Moon teve uma ótima introdução instrumental extendida com base no ruído de fundo do início. 

Por fim, a iluminação do show realmente, REALMENTE aprofundou a experiência de assiti-los. Por instantes durante Invasion as luzes tornaram as coisas muito intensas. O mesmo vai para Blue Fish. Isso também ajudou a definir uma incrível atmosfera misteriosa e sonhadora durante Marvelous Things. É certo assumir que esse foi um dos custos de produção para os quais eles estavam procurando fundos na sua campanha do Kickstarter, e isso mostra porque valeria a pena ajudá-los, para investir em modernos efeitos de iluminação. 

Aqui estão músicas que eu lembro que eles tocaram, embora a sequência não esteja numa ordem concreta: 

Currents 
Invasion 
Blue Fish 
I Wasn't Prepared 
Marvelous Things 
Brightly Wound 
Many Funerals 
Watch It Die 
Oxygen Mask 
Mr. Moon 
Please 
Ambulance 
Laugh It Off 
Deep Space 
Drink the Water 
Save My Soul 
Millstone 
Wicked Child 
Shelter 
If You're Wondering 

Acho que isso é tudo. 

- Vivenciado e escrito por The Man In The Moon; 
- Revisado e reimaginado por Wil, com uma participação especial por norad, em algum lugar no meio;

quinta-feira, 17 de abril de 2014

post 042 - O Strange Yellow Patterns

Uma das nossas maiores dívidas como fãs de Eisley é sem dúvida para com o Strange Yellow Patterns (SYP). Se por um lado foi bastante difícil de se encontrar arquivos para download da banda sobretudo em anos passados, por outro o SYP se configurava com uma verdadeira "terra secreta do tesouro mágico". 

Banner atual do SYP. Clique aqui para acessá-lo.

Talvez por conta do nome não tão sugestivo no primeiro contato, não era tão fácil assim encontrar o portal pelas bandas de cá. E isso mesmo para conhecedores do significado do nome (da letra de I Wasn't Prepared, "... and how the pollen fell/ all around your face in strange yellow patterns..."). Os fãs pesquisadores de anos atrás certamente conseguiram encontrá-lo, mas com a ascensão das redes sociais e também com alguma visibilidade que a banda vem ganhando - o que tornou fácil para os novos fãs conhecê-la - o caminho para o SYP foi tornando-se cada vez mais infrequente.

O SYP é, sem tirar nem por, o maior acervo "Eisleyniano" disponível na web. Formado por fãs, absolutamente tudo - ou no mínimo quase tudo - pode ser encontrado ali. Pasmem: a galeria de imagens tem nada menos que 15.147 imagens, que subdividem-se em diversas categorias como fotos oficiais, fotos de bastidores, páginas de revistas, fotos tiradas por Boyd ou pelos próprios membros, pinturas e desenhos feitos pelos próprios DuPree, pôsteres, merchandise, etc (até fotografias da banda criancinha existe ali); um incrível número de 378 arquivos de mídia, sendo eles vídeos e músicas ao vivo, demos, acústicos, entrevistas, participações em rádio e televisão, shows completos e singles gratuitos - tudo free download; além das páginas informativas com biografias, discografias, letras. Vale lembrar que o site tanto se dedica à Eisley como aos projetos solos em paralelo e ao Merriment. É enorme a quantidade de demos da Christie antes de formar o Merriment - algumas das quais ganhariam futuramente uma versão de estúdio gravadas e lançadas oficialmente pelo (agora) trio. 


A galeria do SYP. Clique aqui para acessá-la.

Os últimos envios para o SYP podem ser visualizados por tumbnails.

A página de mídias. Clique aqui para acessá-la.
A página acompanhou a banda desde seus primeiros dias. Criado em 2007, O SYP é originário de outros pequenos portais. O primeiro foi Straylight6.org, iniciado em meados de 2003, pelo usuário de codinome chasd00, que compilava uma série de faixas MP3 postadas no fórum Laughing City. Por volta de 2004, o usuário Saellys criou um fã-site alternativo mais tivesse mais informações, como bios, guias e imagens, chamado Orange Gold and Green. O Straylight6.org acabou por ser desativado, transferindo todo o seu conteúdo para o Orange Gold and Green. Finalmente, em 2007, o fã-site terminou por ser também desativado, mas novamente migrando todo o seu conteúdo para um novo fã-site, o Strange Yellow Patterns, que continua até hoje. Chasd00, o usuário pioneiro, aparece novamente como adminstrador no SYP, em parceiria com Norad e Wilsmith, todos frequentadores do Laughing City desde seu primeiros anos. Conta também com contribuições de outros usuários. Pode-se dizer que, não apenas os arquivos, mas a própria equipe também faz parte desse acervo.

O SYP pertence a uma geração anterior às redes sociais como conhecemos hoje. Uma maneira encontrada para não se manter num mundo tão alheio foi criar o tumblr do site, para dar suporte ao mesmo, mas infelizmente ele também foi desativado. Preocupados em não manter-se unicamente como um extenso baú de relíquias e redirecionador de notícias, os administradores do SYP retomaram recentemente a produção de conteúdos. Tratam-se de postagens bem recentes - e por isso ainda reduzidas em número - por fãs, e para fãs, em seções que revisam shows e músicas. Entramos em contato com os administradores, bastante interessados nessas informações, e propomos uma tradução e publicação desse conteúdo para o português no nosso Eisley Br, o que foi prontamente aceito e comemorado.

Dessa maneira, iniciaremos nos próximos dias os SYPosts, uma nova seção com o compartilhamento desses artigos para os fãs brasileiros.