Este primeiro SYPost - para quem perdeu o post passado, é uma seção em que republicaremos em português artigos do Strange Yellow Patterns - trata do volume 1 da série Room Noises. Nesse artigo, temos uma ideia do que foi o show de abertura da turnê do Currents, no dia 01 de abril, no Exit/In, através da visão de um fã bastante fiel, conhecido no fórum oficial como The Man in The Moon.
Válido lembrar que esse artigo é uma opinião particular, e tantos outros que prestigiaram os shows tiveram pensamentos diversos.
Você pode ler o texto original clicando aqui.
Válido lembrar que esse artigo é uma opinião particular, e tantos outros que prestigiaram os shows tiveram pensamentos diversos.
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Eisley na noite de abertura no Exit/In. Fonte: via Facebook |
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Room Noises Vol 1 - 01 de abril, 2014
Postado na terça feira, 03 de abril de 2014
Postado na terça feira, 03 de abril de 2014
Room Noises é uma série de histórias sobre como é assistir Eisley ao vivo, cortesia de nossos correspondentes e colaboradores.
Para lançar esse especial, este autor (Wil) não será o único a escutá-los. Em vez disso, eu irei dar uma de “Produtor” e dar a vocês uma versão de estúdio polida daquela relatada na sala (também conhecida como local do concerto) tal como vivida pelos participantes.
Nosso primeiro relato vem do The Man In The Moon, também conhecido como Michael, que estava lá para a abertura da turnê de Eisley & Merriment no Exit/In na terça-feira. Ele estava muito adiantado com sua visão sobre as coisas, especialmente tendo em conta que ele próprio trabalha numa casa de show, e é um músico e faz gravações regularmente. Essas coisas influenciam suas perspectivas como ouvinte. Isso transforma momentos de brilho em revelações, e momentos de frustação, em aberrações. O mesmo pode ser dito sobre ir ao concerto sabendo que você é esperado para escrever um review. Eu pessoalmente não gosto disso. Destrói a diversão de simplesmente experienciar, no momento, o show como fã. Ao invés de ser forçado a contar as coisas como elas aconteceram, é muito mais divertido deixar que qualquer um forneça sua própria perspectiva e então moldá-la. Então, sem mais delongas, aqui está a visão do show do The Man in the Moon, pelo caminho de sua verdade:
Se a terceira vez é o charme, talvez a quinta é como uma ferida no polegar? Esse deve ser o caso apenas porque ele veio no show do Dia da Mentira, no Exit/In, na terça passada. O som do local pode acertar ou errar, e essa vez, assim como quando Eisley tocou ali abrindo o show do Rooney há alguns anos atrás, o som foi inicialmente lamacento, com a bateria muito destacada, a ponto de ser esmagadora. Considerando que esse foi o primeiro show da turnê, você pode sempre esperar que lá tenham alguns nós ainda a serem trabalhados, e em cerca de ¼ do conjunto eles conseguiram suas mixagens e equalizações balanceadas. Assim que o som foi medido, eles soaram impecáveis.
A setlist por si mesma foi ok, mas definitivamente deixou a desejar alguma coisa para o meu gosto. Essa foi a performance mais fraca dos 5 shows que assisti. Eles omitiram algumas das suas maiores aventuras e “experimentações” que eu teria realmente gostado de ouvir ao vivo. Modificar músicas como Lost Enemies ou outras que parecem exercícios no uso de estúdio/processo de gravação como um instrumento pode ser tedioso. Como gravo minha própria música e obtenho o mais ambicioso que eu posso, eu consigo entender porquê Eisley gravaria esses tipos de músicas e as manteriam fora do setlist.
Para qualquer um que já esteve num show de Eisley, o que estou a ponto de dizer provavelmente não virá a ser uma surpresa. Com todo o Green and Gold é alguma surpresa que os Gremlins sempre apareçam em seus shows? Bem, eles apareceram de novo, e claro que seria no meio de uma música que é de verdade uma das suas faixas experimentais (para os padrões de Eisley), Save My Soul. A música começa em acapella, com Stacy providenciando a melodia principal em forma de backing vocal, enquanto Sherri canta os versos acima deles. Isso totalmente as expõe como cantoras, já que ter uma banda/música de fundo cobre tantas imperfeições numa performance. Por outro lado, apenas com suas vozes, isto também permite que as cantoras se ajudem no vôo com menos correções. Está tudo bem e legal até que a banda entra, porque quando a banda entra, é aberta a estação para os Gremlins.
Não está claro o que os Gremlins fazem de verdade, mas ou a música que estava fora de tom, Sherri se perdia nas letras, ou sua guitarra saía do tom, ou alguma combinação desses fatores, ou outro que escapou de observação, mas ela parou no meio do caminho do primeiro verso. Ela disse que não tinha certeza do que estava acontecendo, mas a banda entendeu e acabou voltando para o início da música, o que é importante, tendo em conta que Save My Soul em particular lhes possibilita um dos seus melhores momentos, coletivamente, como vocalistas. Essa ruptura abre a música como o olho tranquilo de um estrondoso furacão, onde o tumulto e o transtorno que garimpa por tudo em seu caminho é revelado para ser envolvido em torno da bela harmonia dos vários elementos em campo no concerto.
Essa questão com Save My Soul é emblemática por uma questão particular de produção, que tem sido a questão para Eisley ao vivo. Eu entendo que eles precisam tocar em um tempo (a batida do metrônomo) por causa das faixas (ornamentos instrumentais pré-gravados), mas eu acho que eles estarão melhores quando eles não tocarem seguindo o clique nunca mais. Estou apenas dizendo isso porque eu notei que a forma como eles tocaram e cantaram ao vivo pareceu estranhamente sincopada. Eu acho que isso pode ser devido ao ouvir o clique e tentar segui-lo. Metrônomos são imperdoáveis, eles não fazem ajuste; é apenas uma batida regulada, inabalável em velocidade. A liberdade de tocar sem um marcador de tempo é como a liberdade que Stacy e Sherri tiveram ao cantar em acapella, de tal modo que a banda inteira pode ajustar suas variâncias em velocidade e ritmo para cobrir um ao outro. Tocar com um metrônomo torna isso impossível, todo mundo tem que aderir a esses tiques, o que é muito difícil de ignorar enquanto se tenta ouvir seus companheiros tocando sua parte. O clique é como uma bomba relógio em seu ouvido em contagem regressiva até o ponto em que você estiver fora do ritmo e oficialmente destruindo a música ou tendo seu próprio ritmo.
{BLOOP}
Alguns destaques do seu set foram Blue Fish, Millstone, Oxygen Mask (eu tinha esquecido o quão “rock” essa música soa ao vivo), Deep Space, Shelter, If You're Wondering, Wicked Child, Ambulance, and Laugh It Off. Meu amigo e eu ficamos surpresos que eles tocaram Please e Brightly Wound, o que foi uma ótima adição. Nós também ficamos um pouco surpresos que Memories, I Could Be There For You, Golly Sandra, Smarter, The Valley, Better Love, e I Wish não fizeram parte do set list desta vez. Como consolo, Mr. Moon teve uma ótima introdução instrumental extendida com base no ruído de fundo do início.
Por fim, a iluminação do show realmente, REALMENTE aprofundou a experiência de assiti-los. Por instantes durante Invasion as luzes tornaram as coisas muito intensas. O mesmo vai para Blue Fish. Isso também ajudou a definir uma incrível atmosfera misteriosa e sonhadora durante Marvelous Things. É certo assumir que esse foi um dos custos de produção para os quais eles estavam procurando fundos na sua campanha do Kickstarter, e isso mostra porque valeria a pena ajudá-los, para investir em modernos efeitos de iluminação.
Aqui estão músicas que eu lembro que eles tocaram, embora a sequência não esteja numa ordem concreta:
Currents
Invasion
Blue Fish
I Wasn't Prepared
Marvelous Things
Brightly Wound
Many Funerals
Watch It Die
Oxygen Mask
Mr. Moon
Please
Ambulance
Laugh It Off
Deep Space
Drink the Water
Save My Soul
Millstone
Wicked Child
Shelter
If You're Wondering
Acho que isso é tudo.
- Vivenciado e escrito por The Man In The Moon;
- Revisado e reimaginado por Wil, com uma participação especial por norad, em algum lugar no meio;